27/11/2014

Resenha - Breakable - Tammara Webber

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Breakable é o segundo livro da série Contornos do Coração, escrito pela Tammara Webber e lançado pela Editora Verus.

Confesso que quando ouvi que veríamos a mesma história de Easy (já resenhado aqui no blog) sob o ponto de vista do Lucas, fiquei um pouco apreensiva. Isso porque, além de ter AMADO o jeitinho que Easy foi feito, outros livros que aderiram à essa moda de lançar um nova versão sob outra perspectiva, não ficaram tão legais (Belo Desastre, estou falando com você)! Então, sim, fiquei com medo de ver o universo de Easy ser estragado.

Mas, não foi isso que aconteceu. Breakable nos oferece uma versão renovada e uma nova história, o passado de Lucas, ou melhor Landon... Com narrativas intercaladas entre presente e futuro, conhecemos mais sobre Lucas no presente, enquanto desenvolve seu relacionamento com Jacqueline, e seu passado como Landon e os motivos que o levaram à deixar de usar seu primeiro nome. 

Dá para ler a história de forma independente, só que se você pretende ler os dois, comece por Easy, pois Breakable solta spoilers imensos sobre o principal mistério de Easy. Portanto, pare por aqui aqui e evite spoillers!

Depois de sua vida ser mudada por uma tragédia, Landon, vê tudo virar de ponta cabeça. Além de perder a mãe, ele muda de cidade, de escola, o relacionamento com o pai é quase inexistente e ele encontra o primeiro amor... Ou acha que encontrou.... 

A narrativa alternada entre Landon e Lucas, nos mostra quais são os receios que Lucas tem em relação à Jaqueline, a garota que ele secretamente observava por um tempo. E não é à toca, cansado de sofrer, ele tenta apenas se proteger. E tem todos os motivos para isso, afinal, ele não quer estar sempre associado à uma das piores noites da vida de Jacqueline e também não pode viver novamente os piores anos de sua vida. Sua relação com Jacqueline o faz lembrar de seu primeiro amor... Quando a situação era bem parecida, mas as coisas não terminaram muito bem para o seu lado.

Tammara Webber tem um jeito muito especial de escrever. Ela vai te cativando e com delicadeza toca em assuntos sérios. Aos poucos entendemos o ponto em que ela quer chegar. 

Ao contrário de Easy, onde percebi que o foco era o tabu e a mensagem positiva para as meninas. Breakable fala sobre amadurecimento, sobre segundas chances e novas oportunidades.

Breakable também traz uma suspresa para os fãs de Jacqueline e Lucas. Uma cena inédita, da mesma linha temporal de Easy. Então, se vocês curtiram o primeiro volume vão gostar desse também e ainda aproveitar um conteúdo extra.

25/11/2014

Eu vi: A Esperança - Parte 1

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Jogos Vorazes é provavelmente a série juvenil mais inteligente de todos os tempos, e apesar de essa ser sua maior qualidade, é sua maior dificuldade. Isso porque talvez o público-alvo a quem os filmes se destinam não consigam mensurar a preciosidade da história.
No penúltimo filme da franquia, Katniss Everdeen finalmente começa a enfrentar o verdadeiro inimigo. Depois de dois filmes pensando na própria sobrevivêcia, na vida dos amigos e da família, Katniss agora vira o rosto de uma revolução ao assumir seu lugar de "Tordo". Com trama mais lenta, sem o clima da arena/ação blockbuster, o filme foca na política e nos dramas da protagonista. 

Somos finalmente levados ao Distrito 13, onde um olhar mais apurado consegue perceber a analogia com as organizações socialistas e a manipulação da mídia (propagandas encenadas que remetem à Guerra Fria ou Segunda Guerra) tão bem pensada por Plutarch Heavensbee. Aliás, ele é um mocinho certo? Katniss está do lado dele... E ainda assim questionamos atitudes de alguns aliados dela. Será que atitudes como a manipulação da mídia que é considerada ruim, vale á pena quando se está "do lado" certo? Será que os fins justificam os meios? Katniss e Peeta são peões colocados em lados diferentes do tabuleiro. E cada um é manipulado de maneiras diferentes. Aliás, as minhas cenas favoritas foram as (poucas) com o Peeta, quando fica implícito o que ele está passando. 

Encarei com bons olhos a divisão do livro em dois filmes, apesar de ter plena convicção que isso se deve ao fator monetário achei que teríamos a chance de ver na tela o aprodundamento dos personagens apresentados em Em Chamas, os tributos, Finnick, Johanna e Annie (para quem não lembra, namorada do Finnick) e principalmente de personagens importantes que acabaram ficando ofuscados nos filmes antecessores por causa dos jogos, Prim e Gale. Mas, não é o que acontece. 

Vale ressaltar que o trabalho da direção de arte ao trocar toda a atmosfera do filme para essa nova condição de vida que todos enfretam foi sensacional, saem as maquiagens, as cores e a futilidade da Capital, e entra em cena os tons sóbrios, a tristeza e a escuridão do Distrito 13. Effie Trinket é a personificação dessa mudança e a Elizabeth Banks robou a cena logo nos primeiros segundos de aparição. Palmas também para Julianne Moore e sua, Alma Coin.
Para quem leu os livros, é um filme bom, com alguns erros, mas que diferente de outras franquias, acerta nos detalhes. Para quem está acompanhando a saga pelos filmes, pode ser visto com estranhamento. Em outras palavras, um ótimo filme que que poderá ser mal entendido pelo público geral.

19/11/2014

Para Ouvir: Banda do Mar

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Depois de um período sem apresentar novos trabalhos, Marcelo Camelo, ex-líder dos Los Hermanos volta com a Banda do Mar, formada por ele, Mallu Magalhães e o baterista português,  Fred Ferreira.


O albúm de estreia da banda foi muito bem aceito por público e crítica, sendo considerado um dos melhores do ano! E o mais importante (pra mim), conquistou seu lugazinho no meu coração (e no meu Ipod). Com músicas simples que celebram o amor e a felicidade, vocais alternados entre Mallu e Camelo e diversas influências diferentes, a Banda do Mar é para ouvir sorrindo e dançando junto!!! Com aquela sensação de estar descobrindo algo novo, mas mesmo assim com cara de "já conheço há tempos"... E se ouvir falar em Los Hermanos te faz torcer o nariz, dá uma chance pra essa banda que pode te surpreender.

O clipe de estreia, da música super fofa Mais Ninguém também fez o maior sucesso ao mostrar os integrantes da banda tentando dançar o passinho do romano.


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16/11/2014

Eu vi: Se Eu Ficar

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Se Eu Ficar, é um drama juvenil baseado no livro de mesmo nome da autora Gayle Forman, relançado pela Editora Novo Conceito e já resenhado no blog.
No filme, acompanhamos a história de Mia (Chole Moretz), uma violoncelista de 17 anos que sofre um trágico acidente de carro com seus pais e irmão caçula. Em coma, numa experiência extra corpórea, Mia tem que decidir se "segue para a luz" com o resto da família, ou se fica, pelos amigos e em especial, o namorado rockeiro Adam. Passamos a revisitar o passado de Mia em busca de uma decisão entre a vida e a morte.

Eu gostei bastante do filme! Cumpriu ao que se propôs e conseguiu arrancar lágrimas em diversas cenas, mas que acabou pecando exatamente onde não poderia ou não deveria, na representação do amor de Mia tanto pela família quanto por Adam. Mesmo quado sabemos sobre a morte de cada um, existe claro a dor, mas o momento passa muito rápido e isso nem parece pesar tanto assim na decisão. Achei Mia, uma protagonista apagada...
Os pais dela ao contrário, robam a cena quando aparecem.  Os dois são super legais, roqueiros que abriram mão de uma vida na estrada com uma banda para criar os filhos, mas que não deixaram o estilo de vida anterior de lado... Eles tem a mente aberta e apoia os filhos incondicionalmente, inclusive quando Mia vai contra "os ideiais" da família e decide tocar violoncelo e se apaixona pela música clássica. Os dois dão leveza ao filme. Afinal, Mia mesmo em dias normais soa meio depressiva e melodramática. 

A trilha sonora é muito bem feita e um ponto alto do filme, o contraste entre o rock e a música clássica é evidente, sem se tornar chato. E ajuda o filme a contar uma história nas entrelinhas. Através da música sabemos que Mia se acha uma estranha na família, que ela tem medo de se envolver com Adam, que mais tarde tem que decidir se a música é mais importante que o namoro. Aliás, Jamie Blackley convenceu super bem na pele de um vocalista numa banda em ascenção! O personagem, Adam, é carismático e feito para ser apaixonante. E quando os dois se tornam um casal, a construção de personalidade da Mia está ligada diretamento aos dois enquanto casal, diminuindo ainda mais a possibilidade de maior  desenvolvimento pessoal.

Enfim, o filme vale à pena se você gosta de filmes para chorar, é bonitinho, passa uma mensagem legal e como adaptação não deixa muito à desejar não. òbvio que se compararmos ao livro, tem um detalhe ou outro que falta, mas de modo geral, a história e a essência do livro estão lá.

08/11/2014

Katniss Everdeen é o poder!

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Vocês conhecem a Katniss Everdeen, protagonista da série “Jogos Vorazes”? Não? Pois saibam, Katniss é poder e mudou totalmente a visão que tinham sobre as mulheres no mercado hollywodiano.

Depois que Harry Potter e cia ganharam rios de dinheiro ao redor do mundo, os grandes estúdios de Hollywood descobriram que tinha em mãos um novo mercado a explorar: o incrível mundo das adaptações juvenis! E então, fomos bombardeamos de filmes adolescentes vindo de bestsellers literários. E graças à Crepúsculo, foi comprovado que o modelo dava certo, que esse era o caminho a ser seguido, que o público jovem é o maior consumidor de cultura pop e que as meninas são sim muito rentáveis. Nessa leva, veio a franquia Jogos Vorazes. Aliás, da mesma produtora de Crepúsculo e Divergente.

Mas, eu não estou aqui para falar sobre Jogos Vorazes, para discutir se os livros ou os filmes são bons. Estou aqui para falar da Katniss, que da sua própria maneira, revolucionou o cinema! Katniss quebrou o padrão das protagonistas femininas adolescentes. Ela não é a Hermione, uma coadjuvante na história de um garoto, ela não é uma Bella Swan que gira em torno de Edward e sua busca pelo amor, ela é Katniss, uma sobrevivente, que não fala sobre moda, nem maquiagem, não está nem aí se agrada ou não as pessoas, que luta por política e vira o símbolo de uma revolução.

E apesar das mulheres representarem 50% do público dos cinemas nos Estados Unidos, não é tão fácil assim encontrar diversidade no tema dos filmes feitos para elas. Quando o assunto é protagonista feminina pode-se esperar a representação de forma estereotipada por personagens hiperssexualizadas e hiper-romantizadas. Em 2013, por exemplo, a New York Film Academy realizou uma pesquisa e segundo o levantamento, as mulheres representavam apenas 30,8% dos personagens com falas. E dentre as personagens femininas com falas, cerca de 1/3 delas apareciam em cenas de nudez. Analisando todos os membros do elenco, a instituição descobriu que apenas 7% dos homens usavam roupas sexualmente reveladoras, a porcentagem sobe para 28,8% quando se tratam de mulheres.

Foi nesse contexto que ‘Jogos Vorazes – Em Chamas’ foi lançado. Ultrapassando ‘Homem de Ferro 3’ nas bilheterias e se tornando o filme com maior arrecadação de 2013. Mas, este não é o único marco atingido por ‘Em Chamas’. A franquia também se tornou a primeira da história a ter seus dois primeiros longas com bilheteria superior a US$ 400 milhões.

E como o assunto é o poder da Katniss, o filme se tornou o primeiro protagonizado por uma personagem feminina a liderar as bilheterias anuais desde ‘O Exorcista’, de 1973! 40 anos, pessoal!

E nunca houve uma Katniss. Ela faz parte do mundo da aventura, um dos mais, se não o mais, dominado por homens. Ela é uma heroína das histórias de fantasia, como Frodo, Luke Skywalker, Neo e o próprio Potter. Ela prova que mulheres também gostam de um pouco de ação. Ela não é uma mártir feminista ou a “heroína moderna” que tem que lidar com filhos, trabalho, romance... Ela é guerreira!

Antes da Katniss, produtores e diretores não acreditavam que mulheres conseguiriam manter a bilheteria de uma mega produção, essa foi uma das desculpas mais usadas para justificar a falta de um filme da Mulher Maravilha, que hoje já está confirmado. Graças á Katniss, temos uma lista de mulheres que não estão à sombra de homem algum! Graças à sua influência literária e cinematográfica, hoje temos ‘Valente’, ‘Frozen’, ‘Divergente’, ‘Vampire Academy’ e outros, dizendo às meninas que elas podem ser protagonistas de sua própria história, que não precisam ficar sentadas esperando um príncipe encantado para ir à luta. É desse tipo de representação que essas meninas precisam! Por esse e outros motivos, não tem como não amar a Katniss! Ela foi a voz que as meninas precisavam para dizer “Ei, queremos ver mais tipo de filmes no cinema”. E torceremos para que o próximo filme seja mesmo o maior lançamento do ano como o estúdio espera que seja.

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